É certo que os alunos do século XXI não são os mesmos do século passado. E há tempos que se discute a ideia de como desenvolver nos alunos o interesse pela aprendizagem na era em que têm acesso a todo tipo de informação, a qualquer momento e em qualquer lugar. Continue reading “Uso da tecnologia em sala de aula: um desafio promissor.”
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Nos últimos 30 anos pesquisas têm mostrado que o aprendizado de línguas tem um impacto positivo na formação cerebral. Muitos estudiosos defendem que o esforço mental que pessoas bilíngues fazem para usar diferentes línguas é responsável pelo fortalecimento das funções cognitivas e que pode até mesmo proteger o cérebro em idade mais avançada. Há um consenso de que o bilinguismo proporciona um melhor desenvolvimento das funções cognitivas e também das funções culturais e sociais. Continue reading “Bilinguismo por Renata Salvador Domingues Leal, Professora”
Adolescência… Pré-adolescência… pré da pré-adolescência…o que permeia esta fase de tantas questões, dúvidas, novidades que tanto angustia os pais? A quem a chame de “aborrecência”! A justificativa para tal classificação é sempre a mesma… “São aborrecentes, chatos, querem ser independentes, mas mal conseguem cuidar do seu material escolar!”. Pois é muito se ouve, muito se fala, mas pouco se sabe. Ou se que saber.
Adolescência é uma fase transicional entre a infância e a vida adulta que implica transformações perceptivas na vida de cada um. É nesta fase que o indivíduo se percebe como uma pessoa, que se distancia da zona de conforto, se afasta dos privilégios típicos da infância e se aproxima de responsabilidades características da vida adulta. Assumir papéis sociais, prover algo, ser alguém, ter uma boa carreira, uma boa índole… Ufa! As cobranças são muitas, mas para que eu cobre é necessário que eu oriente e este é o intuito deste texto.
Lemos diariamente em jornais assuntos ligados a esta delicada fase: Bullying, desafios, baleia azul, brincadeiras de mau gosto, amadurecimento sexual, interesse pelo proibido…É preciso que estejamos preparados para lidar, orientar e acima de tudo ouvir. É importante que estejamos conectados com este mundo, com esses assuntos. Que leiamos sobre tudo que envolve este universo.
Como educadores, nosso papel de direcionar a aprendizagem contando com o fator emocional não é uma tarefa fácil. Contudo torna-se muito prazeroso quando conseguimos ouvir e perceber nosso aluno como ser único. Estarmos antenados faz parte da nossa rotina. Afinal quantos youtubers passamos a conhecer? Quantas vezes, sozinhos em casa, cantamos “Sorry” do Justin Bieber, quantas selfies tiramos e quantas vezes tivemos que pedir para que guardem seus celulares em horários inadequados?rsrs, pois é faz parte! E como pais, como identificar esta linha tênue entre o excesso de liberdade e a negligência? Como dissemos anteriormente é delicado, mas necessário.
O assunto latente hoje em dia são desafios lançados em redes sociais que incitam o jovem a se testarem, provando aos demais que são corajosos e destemidos. É importante que tenhamos um olhar atento e delicado para nossos filhos. Acompanhemos dia a dia o que fazem, por onde andam com quem falam em redes sociais… Não senhores pais, isto não é invasão de privacidade! Nós somos responsáveis pela saúde física e mental de nossos filhos. Nosso papel vai além do cuidado… Acompanhar este processo também é um ato de amor! Nesta fase preparamos nossos filhos para que consigam discernir o certo do errado, o confiável do duvidoso… Se deixarmos isso a cargo de si próprio, o resultado pode ser desastroso. Os adolescentes estão construindo sua identidade, e cobrar deles tomadas de decisões que cabem a nós adultos é no mínimo leviano de nossa parte.
Não estamos defendendo o tratamento de adolescentes como bebês, mas incentivando que se deixe aberta a porta da comunicação, sempre! O importante é que eles tenham segurança para ir quando quiserem ir, que saibam dizer não quando não tiverem vontade, que tenham abertura para perguntar quando não souberem, e quando não soubermos que tenhamos a liberdade de procurar saber… Não sabemos tudo, mas já vivemos muito, pelo menos mais que eles… Não falar da realidade, camuflar situações de perigo, não responder a perguntas pertinentes que eles mesmos fazem não ajuda: Adia! Adia o que é inevitável, o conhecimento. Se não através de nós, eles buscam sozinhos na internet, e a interpretação pode ser quase sempre deturpada. Nem sempre o adolescente tem maturidade suficiente para lidar com as informações obtidas, o que promove “achismos infundados”.
Cada pai sabe o que deseja para seu filho, é importante que estejamos atentos aos sinais. Observe seu filho, converse com seu filho, estabeleça uma relação de cumplicidade para que isto fortaleça a segurança de que o mundo é grande, é enorme, os desafios são infinitos, e nada é fácil nesta vida. Mas como dissemos: deixá-los seguros de que estaremos sempre no mesmo lugar, para que se um dia tiverem vontade poderão pedir ajuda… SEMPRE!!!
Texto: Renata Louzada – Coordenadora Pedagógica Amazing School
Por Ana Paula A. Mustafá Mariutti
Sempre me interessei por línguas e desde adolescente dediquei meu tempo para estudá-las, via escolas de idiomas e mais recentemente por apps, sites e contatos com estrangeiros. Fico fascinada em poder entender o que os outros falam e não gosto quando não consigo interagir com falantes de outros idiomas que não o inglês e espanhol, que eu domino bem.
Assim, quando meus filhos nasceram, decidi que eles tinham que ser bilíngues, que não era uma opção. Após ter trabalhado em escolas bilíngues e internacionais por muitos anos, já sabia que não queria deixar isso prá depois: eu via na prática, com os meus alunos, que é muito mais fácil para crianças aprenderem um idioma do que um adolescente ou adulto, pois com o passar dos anos esse processo fica bem mais sofrido…
Enfim, me comunicava com meus filhos em inglês e os matriculei na Builders com 1 ano de idade. Eles rapidamente adquiriram a língua e quando saíram de lá (naquela época não oferecíamos o Ensino Fundamental) foram para outra escola bilíngue, onde continuaram aprimorando o inglês e até tiveram contato com o alemão.
No 7º ano do EF eles foram para uma escola brasileira regular que oferecia aulas de inglês 2 vezes por semana, onde eles quase davam aula para o professor, de tão sabidos que já eram no idioma. Mas eu sabia que tinha espaço para o aprendizado da gramática, de forma sistematizada, afinal eles possuíam fluência total e um amplo vocabulário, mas as estruturas, os nomes dos tempos verbais, isso só se aprende em curso de idiomas mesmo (ainda questiono a necessidade disso, mas enfim…).
No 8º ano nos mudamos para os EUA para um período sabático e preciso dizer que eu e meu marido “babamos” ao ver nossos meninos super fluentes, desde o primeiro dia de aulas bem integrados na escola, absorvendo 100% do conteúdo em inglês e participando de tudo como os demais “gringos”da sala. Em poucos meses, soavam como nativos, tamanha a facilidade e desenvoltura que já possuíam com a língua.
Depois que eu e meu marido voltamos para o Brasil, eles continuaram morando lá, em uma “boarding school”. Depois de quase 3 anos fora do Brasil, soam como falantes nativos em inglês e agora o foco é o espanhol, que os dois escolheram como aula optativa. De lá o rumo é um “college” americano.
Enfim, acredito que independente de qual vai ser a escolha para seus filhos, se vão frequentar escola bilíngue só na Educação Infantil, se vão continuar essa modalidade no Ensino Fundamental 1, 2, no Ensino Médio, se vão estudar em escola internacional no Brasil, se vão morar fora do país… isso não importa. O que importa é lembrar que vale muito a pena dar a eles a oportunidade de aprender uma segunda, terceira, quarta línguas. Que a vivência nesses ambientes multiculturais só acrescenta, deixando-os muito preparados para o futuro.
Ah, e que ninguém garante nada, mas que falar inglês já é mais do que meio caminho andado, isso ninguém pode negar.
Ana Paula A. Mustafá Mariutti atua na educação bilíngue desde 1986. Possui formação em Tradução/Interpretação pela Alumni, curso superior de Pedagogia, e diversos cursos relacionados à educação bilíngue e à gestão escolar no Brasil e no exterior. Participou ativamente na fundação da Oebi – Organização das Escolas Bilíngues, a qual presidiu durante 12 anos. Atuou na gestão da instituição à distância de julho 2014 a junho 2016, quando residiu nos EUA. Nesse período, aprofundou seus conhecimentos sobre a educação bilíngue oferecida em escolas públicas e particulares de educação infantil e ensino fundamental bilíngues americanas.
Texto por: Marina Freitas, Diretora pedagógica e Mantenedora da My School Educação Bilíngue.
É notável que no estilo de vida atual se faz necessário falar mais do que uma língua. Muitos adultos sofrem com a realidade de não terem tido a oportunidade de aprender um segundo idioma e na vida profissional muitas vezes são exigidos a usar outros idiomas para conseguirem progredir em suas carreiras.
No Brasil, país que adota apenas uma língua como oficial, as famílias se deparam com a necessidade de cuidar dessa introdução de um segundo idioma, já que ela não acontece espontaneamente. Cabe aos pais então, a tarefa de escolher qual será o segundo idioma, como e quando ele será introduzido.
Perguntas como “qual a idade certa para se introduzir uma nova língua?”, “se os pais não falam essa segunda língua, a criança pequena consegue aprender sem ficar confusa?” e muitas outras são levadas em conta na hora de decidir.
A diversidade de propostas é grande, e cada uma delas pode ter bons resultados se aplicadas na situação adequada, mas uma delas tem sido escolhida por um número cada vez maior de famílias: as escolas bilíngues. Essas escolas, quando trabalham com imersão, costumam ter excelentes resultados. Pesquisas e exemplos da vida prática se mostram positivos e favoráveis ao bilinguismo na primeira infância. Quanto mais cedo as crianças ou bebês são expostos ao segundo idioma, mais confortáveis eles ficarão nesta língua.
Famílias bilíngues muitas vezes adotam a estratégia conhecida como “one parent – one language”, abordagem na qual um dos pais fala uma língua e o outro fala a outra.
Na rotina de crianças e bebês que frequentam escolas bilíngues de imersão, essa abordagem se reproduz. A família fala português e as professoras servirão de referência do inglês ou do idioma adotado na escola.
Mesmo em países onde duas línguas são oficialmente adotadas, as crianças demonstram a capacidade linguística de construir e distinguir os dois idiomas sem problemas. A criança presencia os membros da família alternando entre os idiomas (processo chamado de “code switching”), “mistura” também os idiomas na sua produção oral, e mesmo assim consegue rapidamente compreender que são dois idiomas distintos.
Quando têm que lidar com dificuldades tais como dislexia ou discalculia, as crianças bilíngues demonstram mais facilidade de superar as limitações impostas pelos transtornos do que crianças monolíngues. O bilinguismo fortalece áreas do cérebro responsáveis pela memória de trabalho. Segundo estudo realizado nas Universidades de Granada e de York em Toronto (publicado em “The Journal of Experimental Psychology” no ano de 2013), estas áreas do cérebro atuam tanto no processo de cálculo mental como no processo de leitura e compreensão de texto. Desta forma, crianças que sofrem com os transtornos citados e que são bilíngues, têm a memória de trabalho fortalecida e, portanto, mais recursos para lidar com as dificuldades.
Exames de imagem do cérebro revelam também maior densidade de massa cinzenta nas áreas associadas à linguagem em pessoas que aprenderam uma segunda língua antes dos cinco anos de idade (Mechelli A. , et ai., Nature . Oct. 14th (2004)). As consequências disso podem ser facilmente identificadas na prática ao observarmos a flexibilidade linguística, a capacidade de compreensão de texto, a comunicação e o uso criativo da linguagem dos indivíduos bilíngues que tiveram essa vivência iniciada na primeira infância.
E, ainda, pensando a longo prazo, o aparecimento dos sintomas de demência senil em indivíduos bilíngues foi retardado em 4 anos quando comparados a adultos monolíngues. (Paradis, J., Genesee, F., & Crago, M. (2011). Dual Language Development and Disorders: A handbook on bilingualism & second language learning.)
Esses são apenas alguns dos benefícios que podem ser observados ao se estudar a trajetória de pessoas bilíngues que tiveram a introdução do segundo idioma ainda na primeira infância. Quando nascem, os bebês tem seu aparelho fonador preparado para aprender e produzir qualquer idioma. Com o passar do tempo, os fonemas da língua materna se fixam e o bebê por volta dos 9 meses de idade tem reduzida a capacidade de produzir sons que não pertencem à língua materna e aos quais não foi exposto.
Ainda, as crianças, quando aprendem um segundo idioma até os cinco anos o vínculo afetivo com o idioma é mais forte, a língua é aprendida seguindo um caminho natural (primeiro pela fala e depois a língua formal), a ela é capaz de produzir os sons de ambos idiomas de forma fluente e também ajuda na construção de cérebros mais plásticos. Mesmo sendo possível aprender um idioma em qualquer idade, existem muitas vantagens quando essa aprendizagem acontece antes dos cinco anos.
Sujeito Bilíngue: uma outra maneira de ser e estar.
“O ser bilíngue é ser-se processo, processo de mudança, não é ter duas línguas, mas viver em duas línguas, em dois mundos: … é ter outras perspectivas do mundo… é viver aceitando o outro como ele é aberto para comunicar, dar e receber… comunicar-se como forma de vida”. “O bilíngue tem uma personalidade multidiagonal cuja forma de ver e sentir já não é tão estática… mas sim situacional, multiferreferencial, processual e dinâmica” (JUSTO, 2008 – filósofo e cientista educacional)
O mundo está diferente, os alunos são diferentes e nossas ferramentas de ensino também precisam ser diferentes. Com o sensível aumento das interações entre falantes de várias origens, as chamadas de “zonas de contato”, onde culturas se encontram (PRATT, 1991), entramos em uma nova forma de estar no mundo, um mundo cheio de espaços do outro, que não são lá nem aqui.
Portanto, não basta mais só ensinar/aprender uma língua nova e sim mostrar como essa língua servirá para nos colocar nessas zonas de contato e como, a partir delas, nos posicionamos como sujeitos bilíngues.
Por isso, a linguagem passa a ser definida como uma série de práticas sociais e ações por falantes envolvidos em uma rede de relações sociais e cognitivas. É um produto dessas relações sociais e das condições materiais e históricas de cada tempo. A palavra está ligada à vida em si e não pode ser separada dela sem perder sua significação. Interagir linguisticamente com o mundo significa, então, entrar em outra história de interações e práticas culturais e aprender um novo jeito de estar no mundo.
A Educação Bilíngue, a partir dessa perspectiva, passa a ter um papel de extrema relevância na educação e construção do sujeito bilíngue da atualidade. Ela deve focar não somente na aquisição de uma (ou mais) língua adicional, mas também ajudar os alunos a tornarem-se sujeitos globais e responsáveis, à medida que aprendem a funcionar em diferentes culturas, ou seja, para além das fronteiras culturais em que a escolaridade tradicional muitas vezes separa e compara os alunos com falantes monolíngues em cada idioma.
A Educação Bilíngue, ao adotar uma perspectiva multilíngue (GARCIA, 2017), potencializa a visão de que a aprendizagem de duas (ou mais) línguas deve ser integrada, oferece às línguas em foco o mesmo status, e vê seus alunos como aprendizes que usam seus conhecimentos e habilidades em ambas as línguas para aprender mais sobre suas diferenças e similaridades. Os sujeitos bilíngues não são compostos de dois monolíngues, são constituídos do uso que fazem de suas línguas em suas práticas línguísticas.
É importante que as escolas de Educação Bilíngue reflitam sobre a posição que ocupam na formação do sujeito bilíngue do século XXI, que reflitam sobre a sua própria identidade e crenças, e, a partir daí, possam considerar a qualidade e a eficácia da aprendizagem integrada das línguas que ensinam; afinal, a comunidade de fala tem mudado ao longo dos anos pelas facilidades que o mundo globalizado, ávido de comunicação, tem propiciado e não podemos fechar os olhos para isso.
REFERÊNCIAS:
PRATT, M. L. Arts of the contact zone. Profession 91.33-40. New York: MLA, 1991.
GARCIA, O. The Translanguaging Classroom. Philadelphia, Caslon, 2017.
JUSTO, A. Bilingualidade uma nova maneira de estar. Disponível em http://antonio-justo.eu/?p=1340 . Acesso em 15.06.16 às 16h.
TEXTO: Silmara Souza Parise, Assessora de Línguas, be.Living Educação Bilíngue
Os ambientes estão em constante transformação no que se refere à implantação da tecnologia, que a cada dia se aprimora, oferecendo mais e mais acesso à informação.
O papel da escola é estar aberta para a evolução do mundo em todos os aspectos, assim como também deve estar preparada para atender, da melhor forma possível, às novas gerações de nativos digitais, que são os nascidos a partir de 1980.
Essa nova geração passou por grandes mudanças de comportamento. O jovem da geração “Y” (1982 a 1994) é “multitarefa”, questionador, imediatista e prefere os meios eletrônicos para se comunicar com o mundo. Algumas de suas habilidades tecnológicas são:
– leem 250.000 e-mails;
– ficam 10.000 h ao celular;
– olham 54 canais simultâneos;
– 70% muda a linguagem de propósito;
– preferem a internet ao meio social.
A geração Z (1994 a 2012) já é mais preocupada com a socialização por meios eletrônicos e aprende muito rápido, entretanto com mais dificuldades de concentração.
Como a escola pode ficar estática frente às necessidades dessas novas gerações?
Sabe-se que o Brasil é o 4º país em população de nativos digitais (20.1 milhões de habitantes).
Esses dados sinalizam que temos de abrir portas, preparar estudantes para o futuro e mantê-los engajados.
Escolas no mundo todo têm lançado o programa do uso de iPads para os estudantes como mais um recurso para a aprendizagem, permitindo mais criatividade no aprendizado, além de muitos outros benefícios. Algumas fazem uso dessa prerrogativa para disciplinas de língua estrangeira e estudos globais, enquanto outras o fazem para currículos completos. Os diretores dessas escolas estão convencidos de que a tecnologia fará a diferença em sala de aula.
O currículo é similar ao apresentado em materiais impressos, nas conceituadas editoras educacionais, sendo, apenas, estruturado de maneira diferente, e é autorizado pelos órgãos responsáveis pela educação no país.
Outros pontos positivos são apontados por Adriana Beatriz Gandin, pedagoga, especialista em Gestão de Pessoas em TE e autora do projeto “Ipad na sala de aula”. Segundo ela, o uso de tablets facilita:
– a busca de informações e realização de pesquisas. Não somente na internet mas também em jornais e revistas;
– o compartilhamento de informações entre alunos e professores;
– a mobilidade: com o iPad é fácil estar em grupos ou sentado em “roda” no chão ou em espaços abertos, fora da sala de aula. Não é necessário deslocar-se para o Laboratório de Informática;
– a realização de registros: anotações, gravações de voz, filmagens etc.;
– a diminuição do peso das mochilas com o uso de livros e textos digitais;
– a possibilidade de customização das aulas, que podem ser construídas e organizadas de acordo com a realidade de cada série e turma, o que dificilmente acontece quando ficamos presos a apostilas e livros didáticos;
– a segurança: o controle de acesso aos aplicativos e a sites pré-selecionados é mais viável do que em um computador;
– o desenvolvimento de trabalho com projetos transdisciplinares;
– o salvamento automático, evitando perda de conteúdo;
– a utilização para jogos pedagógicos e atividades lúdicas;
– o contato visual possibilitado entre alunos e professor, diferentemente de desktops e notebooks.
A economia de tempo também é outro fator considerado pelos especialistas em educação, pois uma pesquisa que poderia demorar a ser feita, agora, é realizada em segundos, promovendo aulas mais produtivas e prazerosas.
Uma vez comprovado que o aprendizado com o uso da tecnologia tem tantos benefícios, o grande desafio a ser considerado é decidir como o professor irá usá-la em prol dos alunos.
Em certas escolas norte-americanas, o Ipad já faz parte da lista do material individual do aluno.
Uma recente pesquisa da Pearson Foundation Survey mostra que o número de alunos que possuem seu próprio tablet triplicou, e que isso é de extremo valor para a proposta educacional, bem como para o entretenimento pessoal.
Não há dúvidas de que a tecnologia está mudando a forma de educar e que, muito em breve, as salas de aula estarão transformadas. As novas possibilidades de recursos educacionais que tal transformação acarretará excedem a tudo o que foi visto antes em matéria de educação.
Temos de reconhecer que a tecnologia permeia a vida dos estudantes no âmbito pessoal e , sendo assim, os alunos podem sentir-se desmotivados, achando que ir para uma escola sem esses recursos é dar um passo atrás no que se refere a ter menos ferramentas tecnológicas do que as que têm em sua própria casa.
Os resultados de escolas que adotam tais ferramentas têm sido surpreendentes, e esse fato deve influenciar nas decisões que visam à melhoria na educação.
Com um ambiente digital, surge um novo contexto educacional e isso exige uma nova postura do professor. O professor que não se utiliza dessas tão poderosas ferramentas faz com que essa implementação seja desperdiçada, pois o suporte de um professor bom, capacitado e com desejo de fazer o seu melhor é fundamental. É preciso que haja treinamento para essa nova realidade; ao contrário, o esforço em adotar tal inovação terá sido inútil. O currículo digital dá suporte aos professores e é poderoso e simples para o treinamento dos alunos.
Adotar ferramentas tecnológicas com o objetivo de substituir os livros, lápis e papel é um caminho excitante e cheio de promessas, todavia devem-se ter precauções para que a mudança de paradigmas educacionais se dê de forma tranquila e segura. A questão está em saber dosar esse uso.
A presença da tecnologia em nossa vida implica um movimento que não tem volta. E todo início de mudança é desafiador, mas essa, especificamente, é vital para a nova era da educação.
“A única forma de chegar ao impossível é acreditar que é possível.” (Lewis Carrol)
Professora Dra. Mônica Morejón
Mantenedora e Diretora Administrativa Colégio Bis
St. Patrick’s Day é a festa anual que celebra a morte de São Patrício, padroeiro da Irlanda, e é normalmente comemorado no dia 17 de Março pelos países cujo o inglês é o idioma oficial. As pessoas vestem-se de trajes verde, laranja e branco, saindo as ruas em uma longa caminhada festiva.
No passado, o Dia de São Patrício era apenas uma celebração da Igreja. Tornou-se um feriado público no ano de 1903. Na Inglaterra, foi introduzido no Parlamento pelo irlandês James O’Mara. Mais tarde, O’Mara introduziu a lei que proibia que os pubs fechassem no dia 18 de Março, uma providência que só foi mudada nos anos 70. A primeira manifestação ocorreu em Dublin, no ano de 1931, e foi criticada pelo ministro Fitzgerald.
O primeiro “Saint Patrick’s Festival” foi realizado no dia 27 de Março de 1997. Em 1999, tornou-se um evento de três dias, e em 2000 foi um evento de quatro dias. Em 2006, o festival durou 10 dias.
Com o passar dos anos a cor verde e sua ligação com o dia de São Patrício aumentou. Fitas verdes e trevos eram usados nas celebrações do dia de São Patrício no século XVII. Dizem que São Patrício usou o trevo para explicar a Santíssima Trindade aos pagãos celtas, com isso, o uso de trevos de três folhas e similares estão intimamente ligados aos festejos. Na rebelião irlandesa de 1798, na esperança de propagar seus ideais políticos, soldados irlandeses vestiram uniformes verdes no dia 17 de março na esperança de chamar a atenção pública à rebelião. A expressão irlandesa “the wearing of the green” (Vestindo o verde), significa usar um trevo ou então outra peça de roupa que seja verde em referência aos soldados rebeldes.
Quantas vezes, ao dizermos que colocaremos nosso pequeno de 1 ano na escola, ouvimos os seguintes questionamentos: Por quê? É mesmo necessário? Quais os benefícios que trará? Aí vem aquela dúvida, será que estamos tomando a decisão certa? Não seria melhor esperar até que crescesse um pouco mais? Por que tirá-lo do conforto de sua casa se ainda é tão pequeno? Pois convido a todos para, juntos, fazermos uma reflexão sobre o assunto.
Antigamente o papel de educar as crianças era restrito às famílias e às pessoas próximas. Era delas a responsabilidade de, além de cuidar, preparar seus filhos para fazerem parte de um mundo repleto de desafios. Com o passar dos anos e, de acordo com as novas exigências das sociedades, educar deixou de ser apenas uma transmissão de cultura, que passava de geração para geração e passou a ser uma exigência na formação de futuros adultos competentes, capazes de agir e transformar.Mas será que nós, pais e mães, estamos preparados para oferecer experiências desafiadoras e aprendizagens adequadas a cada faixa etária?
Estudos realizados ao longo de séculos comprovam que, a construção da própria identidade bem como o aprimoramento das capacidades de cada criança não se dá de forma espontânea.Educar, social e cognitivamente, significa oferecer situações pedagógicas orientadas que visam valorizar e ajudar no desenvolvimento de suas habilidades.Quando um professor propõe um jogo de boliche ou um jogo de percurso, muitos assuntos e áreas do conhecimento são envolvidos. Desde uma simples contagem, passando pelo estímulo motor, chegando a discussões de regras e normas, respeito ao próximo e companheirismo. Os profissionais de educação, preparados durante anos, possuem um olhar diferenciado, capaz de identificar as necessidades e os anseios de cada grupo.
Na prática, podemos diferenciar claramente uma criança que pôde vivenciar a rotina escolar desde os primeiros anos, daquelas que não tiveram esta oportunidade. Na Global Me, em particular, onde temos a língua inglesa como grande aliada, os estímulos do raciocínio lógico matemático, linguístico, motor e social, têm feito adiferença na vida destes pequenos.
Não podemos deixar de citar a importância da interação entre as crianças, pois é nesta convivência diária, em suas brincadeiras dirigidas ou não pelo professor, que os conhecimentos também são construídos e reconstruídos. São trocas de diferentes vivências familiares, de culturas oriundas de distintas realidades que enriquecem e ajudam a formar o indivíduo.
Esta é uma discussão que certamente não se encerra aqui, pois é por meio da constante avaliação de nossas práticas de ensino que teremos uma educação de qualidade.
Equipe Global Me