A Beacon School é uma escola bilíngue de educação internacional que preserva sua identidade brasileira. Assim define Maria Eduarda Sawaya, diretora e uma das fundadoras, junto com Luciana Leite. “O que motivou a fundação da Beacon foi o sonho de criar uma escola de excelência acadêmica com uma chancela internacional, certificada pelo International Baccalaureate Organization (IBO), e que ao mesmo tempo valorizasse a nossa cultura, o conhecimento do nosso povo e a nossa história”, conta Maria Eduarda.

O International Baccalaureate Organization é uma instituição com sede em Genebra, na Suíça, fundada em 1968. A instituição é responsável pela emissão do Diploma IB – um certificado reconhecido internacionalmente e que é especialmente almejado por estudantes de Ensino Médio com interesse em cursar universidades no exterior. O IBO também oferece às escolas programas de certificação para alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I e II.

 

Uma trajetória planejada

Com três unidades na Zona Oeste de São Paulo, a Beacon foi fundada em 2010 para receber alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. O intuito era acompanhar o desenvolvimento dos alunos durante toda a sua trajetória na educação básica.

A Beacon abriu suas portas com 16 alunos na Educação Infantil. “Esse ano temos 1.180 alunos da Educação Infantil até o segundo ano do Ensino Médio. ”. Em 2023, os alunos da primeira turma da Beacon irão se formar no Ensino Médio. “O ano de 2023 irá marcar a completude desse projeto, ou seja, o de uma escola com educação internacional certificada da Educação Infantil até o Ensino Médio, com identidade brasileira”, comemora a diretora.

 

Ampliação da Beacon

Outra conquista que marca esse importante momento na história da Beacon School é o crescimento de seu espaço. Em 2023, será inaugurado um prédio exclusivamente destinado ao Ensino Médio no campus da Vila Leopoldina e o início das obras da ampliação do Campus. “Hoje temos 12 mil metros quadrados de terreno e vamos passar a ter 18 mil metros quadrados”, adianta Maria Eduarda.

 A diretora garante que, mais do que crescer em número de alunos, a intenção da escola é aumentar a qualidade dos espaços pedagógicos para os atuais estudantes. “Queremos instalações que ofereçam mais possibilidades de lazer, de interação e de pesquisa aos alunos. Assim, ampliaremos as áreas esportivas, de convivência e faremos um Hub de tecnologia e design”, diz ela.

Isso se dá em razão de um conceito primordial para a Beacon: o de relacionar os espaços com o projeto pedagógico da escola. “O espaço para nós é o terceiro educador”, explica a diretora. “A gente assume que todo o metro quadrado é pedagógico. Ele precisa conversar com a idade daquele aluno, com a proposta que se quer de trabalho para cada aluno”.

A construção do conhecimento não ocorre apenas na sala de aula, mas nos lounges, que são locais para encontros e estudos oferecidos pela Beacon. “O estudante se apropria muito de todos os espaços da escola, como laboratórios de ciências, laboratórios de design, bibliotecas, ateliês de arte e música, além das áreas esportivas”, afirma.

 

Indivíduos open-minded

O pilar do projeto pedagógico da Beacon School é formar indivíduos open-minded, que entendam a diversidade como um elemento que contribui para o desenvolvimento da sociedade e que sejam também capazes de contribuir para tal desenvolvimento. “É isso o que significa educação internacional para nós”, afirma a diretora.

“Nosso currículo tem, ainda, uma característica muito marcante, que é o trabalho sobre conceitos e não somente      sobre conteúdos”, comenta. “A ideia é permitir ao aluno fazer associações entre um conceito e outro para que ele consiga ter um pensamento autônomo e crítico a respeito de qualquer assunto”.

Outra característica que define o currículo da Beacon é a implantação dos programas do IBO nos diferentes níveis. Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I, o programa adotado é o Primary Years Programme. No Ensino Médio, há o Diploma Programme. E em 2023, o Ensino Fundamental II contará com a certificação Middle Years Programme.

“Nos primeiros anos da Educação Infantil, há um foco maior no inglês em termos de carga horária, mas a língua portuguesa vai crescendo na rotina das crianças para que possa acontecer a alfabetização nas duas línguas”, conta Maria Eduarda.

Quando os alunos chegam ao Ensino Fundamental I, por volta dos sete anos, acontece o equilíbrio na exposição entre as línguas. O bilinguismo permanece no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio – nessa etapa, os alunos da Beacon já são fluentes na língua inglesa.

 

Formação dos professores

A formação do corpo docente é um dos assuntos mais caros para a Beacon, de acordo com Maria Eduarda. Os professores contam com pelo menos duas horas de formação coletiva semanal, além de receber apoio em programas de mestrado e doutorado. “Oferecemos aos nossos professores workshops internacionais da IBO e de outros formadores nacionais e internacionais”, conta a diretora.

As comunidades de aprendizagem também existem na Beacon para fomentar a formação entre pares. “Trabalhamos com a ideia de que os professores, assim como os alunos, devem pesquisar e aprender de forma autônoma para aprofundar assuntos específicos, podendo dessa forma multiplicar esse conhecimento internamente na escola”, diz.


Projeto Jatobá e parceria com OEBi

O Projeto Jatobá é uma iniciativa social criada pela Beacon, para oferecer bolsas de estudo para crianças da rede pública de ensino. A Beacon oferece curso de inglês durante um ano, e ao final do curso, os alunos selecionados ganham bolsas integrais vitalícias na escola. “Os alunos ingressam no Ensino Fundamental II e seguem até o Ensino Médio conosco”, explica Maria Eduarda.

Os alunos aos quais a Beacon não consegue oferecer vagas são indicados às escolas da OEBi. A partir dessa troca, as escolas parceiras podem receber estudantes com nível de inglês bastante avançado. “A OEBi tem um grupo muito interessante de escolas bilíngues que enfrentam desafios semelhantes aos nossos e têm objetivos sérios como os da Beacon”, afirma a diretora.

Quanto ao projeto Jatobá, a iniciativa tem sido maravilhosa, tanto para os bolsistas, quanto para toda a comunidade escolar, segundo Maria Eduarda. “E queremos ampliá-lo cada vez mais, agora tratando de um aprofundamento no movimento de equidade racial.”