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A prevalência da obesidade tem crescido rapidamente e representa um dos principais desafios de saúde pública neste início de século. Acredita-se que as mudanças de comportamento alimentar e os hábitos de vida sedentários sejam os principais determinantes para o crescimento da obesidade no mundo.

Além da estabilidade econômica, outros fatores como o trabalho da mulher fora do lar, maior praticidade, rapidez, durabilidade e boa aceitação dos produtos industrializados oferecidos vem contribuindo cada vez mais para a introdução e manutenção destes alimentos (ricos em gorduras, carboidratos refinados e com alto valor energético) nos hábitos da família e da criança, além dos alimentos classificados como fast foods.

Na vida moderna já se observa o aumento dos casos de algumas doenças, que normalmente acometem adultos, em crianças e adolescentes. Este fato tem sido associado ao aumento de peso e ao maior sedentarismo das crianças e adolescentes, devido às facilidades eletrônicas para o lazer, como joguinhos computadorizados.

O ganho de peso na criança é acompanhado por um aumento de estatura e aceleração da idade óssea. No entanto, depois, o ganho de peso continua e a estatura e idade óssea se mantém constantes. A puberdade pode ocorrer mais cedo, o que pode acarretar problemas no desenvolvimento da estatura, devido ao fechamento precoce das cartilagens de crescimento.

A obesidade é um fator de risco importante para doenças como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Por tanto, a participação da criança em atividades físicas é parte importante do processo de crescimento e desenvolvimento. Além da prevenção de muitas patologias relacionadas, o exercício também oferece à criança a oportunidade para o lazer, a integração social e o desenvolvimento de aptidões.

Os 09 erros que não devemos cometer na educação alimentar da criança – (Fonte: ABESO)

1. Dizer sempre sim: A criança sem limites vai abusar das calorias e das guloseimas. Devemos ter um dia por semana e situações em que podemos ser mais liberais.
2. Lanches fora de hora: Já dissemos que o ideal são 6 refeições diárias e evitar as beliscadas fora desses horários.
3. Oferecer comida como recompensa: “ Coma toda a sopa para ganhar a sobremesa”. Passa a ideia de que tomar sopa não é bom e que a sobremesa é que é o máximo.
4. Ameaçar com castigos para quem não cumpre o combinado: “ Se não comer a salada, não vai ganhar presente”. Isso somente vai aumentar a falta de vontade que a criança sente de comer salada.
5. Brincadeiras na Mesa: Hora de comer é hora de seriedade, evitar fazer aviãozinho. Muito mimo é sinônimo de muita manha.
6. Ceder ao primeiro não gosto disso: a criança tem uma tendência a dizer que não gosta de uma comida que ainda não provou. Cada um pode comer o que quiser, mas pelo menos, experimentar não custa nada.
7. Substituir refeições: Não quer arroz e feijão, então toma uma mamadeira. Esse erro é muito comum, e se a criança conseguir uma vez, vai repetir essa estratégia sempre.
8. Servir sempre a mesma comida: A criança só toma iogurte, então passa o dia todo tomando iogurte. Vai enjoar, vão faltar nutrientes, vão faltar fibras. Ter variação no cardápio.
9. Dar o exemplo: Não adianta solicitar que a criança tome suco, enquanto os pais bebem refrigerante.

Bianca Pacheco, Equipe Little’s Cool