Apesar de os pais normalmente educarem os filhos para que tenham bom caráter e sigam alguns preceitos básicos, como “Não matarás, não roubarás, não cobiçarás a mulher do próximo, etc…”, nem sempre os filhos adotam essas condutas.
É muito difícil encarar alguns fatos, mas às vezes nossos filhos têm atitudes que consideramos inaceitáveis: roubam, mentem, enganam, fazem os outros sofrerem, matam.
Nesses casos, por mais duro que possa parecer para um pai ou para uma mãe, precisam ser punidos.
Dar limites e broncas quando necessário, responsabilizar os filhos pelo que fazem, conversar e orientar sempre; ser bons modelos e transmitir valores éticos são tarefas dos pais desde que os filhos nascem.
“Passar a mão na cabeça”, ou seja, encobrir e justificar erros dos filhos pode ter consequências arrasadoras no futuro.
Em meus anos de experiência vi vários casos de crianças que nunca eram responsabilizadas pelos seus erros, os pais sempre justificavam ou diminuíam o problema, muitas vezes até culpando os outros pelas falhas do filho.
O filho maltrata um coleguinha – a culpa é do colega que não sabe se defender.
O filho bate na professora – quem mandou ser tão incompetente?
O filho maltrata um gatinho – coitado, ele só estava fazendo uma experiência.
O filho destrói os extintores de incêndio da escola – foi sem querer, ele só estava brincando.
O filho menor de idade bate o carro – o pai encobre, dizendo que ele é uma vítima também.
O filho rouba e mata – o pai arruma um ótimo advogado, muitas vezes até mentindo para livrar a cara do filho.
Passar a mão na cabeça é isso, não responsabilizar o filho por suas ações.
Proteger os filhos é função dos pais, encobrir erros não.
Marieta P. Lefèvre, Coordenadora Pedagógica Ed. Infantil Builders