Aquisição da Língua Inglesa dentro do contexto bilíngue

language acquisition

Uma das perguntas mais frequentes que ouvimos nas escolas bilíngues é: ”Em quanto tempo meu filho vai começar a falar inglês?”. A resposta é: “Quando ele tiver segurança e bagagem necessária para fazê-lo!”.
No processo de desenvolvimento bilíngue a criança desenvolve-se em processo muito semelhante aquele desenvolvido em relação à língua materna.

Dentro de uma escola bilíngue, as etapas enfrentadas pelas crianças são muito similares a que enfrentam em casa no dia-a-dia. Nas séries iniciais, o objetivo principal é o “listening” e o “comprehension”. Assim como no português a criança ouve, compreende e executa.

A partir dos 3 ou 4 anos, com o vocabulário ampliado, a criança começa a arriscar algumas palavras e expressões corriqueiras, o que aos poucos contribuirá de forma significativa para aquisição da segurança e conforto necessário para que a comunicação efetiva seja desenvolvida. Aos 6 anos os alunos frutos de uma educação bilíngue, começam a se comunicar no idioma, reconhecendo os referenciais em português e em inglês. A partir desta etapa, aperfeiçoar e enriquecer-se-á o vocabulário e o conhecimento gramatical através de expressões e sentenças faladas e trabalhadas.

O processo de transposição (leitura e escrita da língua) é praticamente a última etapa deste processo. Para que o aluno escreva e leia, é necessário que a alfabetização básica em português tenha ocorrido. As regras de linguagem e fonemas compreendidos facilitarão a apresentação e a iniciação de outras regras de linguagem provenientes de outro idioma que poderão ser desenvolvidas com maior facilidade, já que se torna possível identificar a diferença entre um e outro dentro do processo ensino-aprendizagem.

A criança imersa em um ambiente bilíngue tornar-se-á uma pessoa bilíngue, e não um nativo de língua inglesa. O mais importante dentro desta etapa do desenvolvimento infantil de crianças bilíngues é ter consciência que um idioma não se aprende de uma hora para outra, nem mesmo através da imersão. Para que a crianças se comunique, compreenda e utilize qualquer idioma o primordial é a obtenção de segurança e bagagem, do contrário não podemos fazer cobranças. É como se cobrássemos de um aluno pré-escolar perfeição de leitura e escrita sendo que o processo foi iniciado a pouco.

Renata Louzada, Coordenadora Pedagógica Amazing School

Encobrindo erros dos filhos

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Apesar de os pais normalmente educarem os filhos para que tenham bom caráter e sigam alguns preceitos básicos, como “Não matarás, não roubarás, não cobiçarás a mulher do próximo, etc…”, nem sempre os filhos adotam essas condutas.

É muito difícil encarar alguns fatos, mas às vezes nossos filhos têm atitudes que consideramos inaceitáveis: roubam, mentem, enganam, fazem os outros sofrerem, matam.

Nesses casos, por mais duro que possa parecer para um pai ou para uma mãe, precisam ser punidos.

Dar limites e broncas quando necessário, responsabilizar os filhos pelo que fazem, conversar e orientar sempre; ser bons modelos e transmitir valores éticos são tarefas dos pais desde que os filhos nascem.

“Passar a mão na cabeça”, ou seja, encobrir e justificar erros dos filhos pode ter consequências arrasadoras no futuro.

Em meus anos de experiência vi vários casos de crianças que nunca eram responsabilizadas pelos seus erros, os pais sempre justificavam ou diminuíam o problema, muitas vezes até culpando os outros pelas falhas do filho.

O filho maltrata um coleguinha – a culpa é do colega que não sabe se defender.

O filho bate na professora – quem mandou ser tão incompetente?

O filho maltrata um gatinho – coitado, ele só estava fazendo uma experiência.

O filho destrói os extintores de incêndio da escola – foi sem querer, ele só estava brincando.

O filho menor de idade bate o carro – o pai encobre, dizendo que ele é uma vítima também.

O filho rouba e mata – o pai arruma um ótimo advogado, muitas vezes até mentindo para livrar a cara do filho.

Passar a mão na cabeça é isso, não responsabilizar o filho por suas ações.

Proteger os filhos é função dos pais, encobrir erros não.

Marieta P. Lefèvre, Coordenadora Pedagógica Ed. Infantil Builders

O cantinho do pensamento

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Muitas pessoas me perguntam sobre os castigos, se é certo dar uma palmadinha de vez em quando, se o “cantinho do pensamento”, ou “cadeirinha do limite” resolvem. Enfim, o que fazer quando os filhos e alunos desobedecem.

Em primeiro lugar, creio que o mais importante seja dizer que não se deve bater nos filhos, aliás, não se deve bater em ninguém. Bater é covardia, é uma forma muito primitiva de resolver conflitos. Nós, humanos, dotados de capacidade de pensamento, temos que ter outras formas de solucionar impasses.

Quando um pai ou uma mãe batem numa criança, mesmo que ela desobedeça, estão mostrando que perderam o controle da situação, estão fracos.

Além disso, estão passando uma mensagem para ela, de que isso é permitido, estão autorizando a violência. Sim, porque pais são modelos, se os pais fazem, a criança também tem direito de fazer.

Quando pais batem em filhos, estão sendo covardes… é uma mão grande batendo numa criança pequena.

E não resolve, só gera medo. Vocês acham bom os filhos terem medo dos pais? E o “cantinho do pensamento?”, adianta?

Bom, qual é a finalidade de mandarem a criança “pensar” a cada ato errado que ela fizer? Quem garante que lá no cantinho ela está realmente pensando no assunto, que sabe porque está sendo punida? Muitas crianças relatam que gostam de ir para o cantinho, assim têm tempo para pensarem na vida… em tudo, menos na questão que as levou para lá.

Algumas dicas:

Crianças precisam conhecer de antemão as regras de casa, da escola. Isso dá segurança, assim elas mesmas sabem quais são as expectativas, até onde podem ir.

Ao conhecer as regras, as crianças também precisam saber quais serão as consequências caso desobedeçam uma vez, caso desobedeçam mais vezes. Um exemplo: Na escola, se a criança bate em um amigo, a regra pode ser que na primeira vez que isso ocorrer ela será chamada à atenção, mas em caso de reincidência, será encaminhada à coordenação e perderá alguma atividade e assim por diante.

Sabendo quais são as expectativas que temos em relação ao comportamento e as consequências em caso de não cumprimento, a própria criança compreende melhor sua responsabilidade e sabe quais as consequências caso não obedeçam.
Não é necessário criar um “cantinho do pensamento”, mas é sim necessário cumprir o que foi determinado, pois isso será fundamental para que numa próxima vez a criança saiba que haverá consequências e que podem não ser boas para ela.

Pedir desculpas, de coração, também faz parte das responsabilidades das crianças. Muitas pensam que é só pedir desculpas que tudo se resolve. Não se trata disso, mas aos poucos é necessário mostrar que aquela atitude magoou outra pessoa e que o pedido de desculpas, se não resolve, atenua e faz parte da boa educação e é sim regra de boa convivência social.

O cumprimento dos combinados é fundamental, pois quando os adultos ameaçam, ameaçam, mas nunca cumprem, as crianças logo captam essa dinâmica e, sabendo da impunidade, desobedecem, pois os adultos perdem credibilidade.
Vale ressaltar que, se seus filhos (ou alunos) andam desobedecendo demais, se você tem usado o cantinho como estratégia quase diária, certamente seus métodos não estão eficazes. Reavalie seu sistema, talvez seja a hora de ameaçar menos e ser mais firme nas decisões.

Lembrem-se: bater não é o caminho, pode até não traumatizar, mas não é justo.

Marieta P. Lefèvre, Coordenadora Pedagógica Ed. Infantil Builders

POR QUE ESCOLHER A EDUCAÇÃO BILINGUE ?

pqbilingueSabemos o quanto é dificil a escolha de uma escola de Educação Infantil, e, quando a opção é bilíngue, a atenção na proposta pedagógica deve ser redobrada para verificarmos se, de fato, ela é bilíngue. Para nós, a escola bilíngue é aquela que organiza seu projeto pedagógico integrando uma segunda língua em todos os eixos de trabalho previstos no Referencial Curricular Nacional.

Estudos recentes comprovam que crianças bilíngues desenvolvem melhor suas habilidades cognitivas, principalmente no que se refere à inteligência verbal, ao raciocínio lógico e à criatividade. Isso porque o aprendizado de outra língua possibilita maior desenvolvimento das conexões cerebrais. A isso, acrescentamos o fato da criança, normalmente, não apresentar censura ou inibição para aprender e ser espontânea e curiosa, o que facilita a aquisição de novos sons e estruturas linguísticas, além do aprendizado de conteúdos inéditos.

Além disso, a Educação Bilíngue é a porta de entrada para um mundo cada vez mais globalizado, onde a aquisição da língua inglesa facilita o contato com diferentes culturas e a percepção de mundo de forma mais enriquecedora, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da autoconfiança e da capacidade de integração.

Ao iniciar o processo de aquisição do inglês na Educação Infantil, a criança passa a compreender e repetir palavras e sentenças simples, misturando-as com a língua nativa, até ter condições de se expressar com certa independência nos dois idiomas. O inglês é a língua de comunicação no processo de ensino/aprendizagem. A aquisição desse idioma ocorre na exposição de modelos de estruturas linguísticas e práticas em usá-las em contextos significativos de comunicação, vivenciados pelos alunos. E para que isso aconteça, temos clareza da importância da ‘postura bilíngue’ que devemos manter no cotidiano escolar ao considerar nossas ações que são baseadas no foco da língua em projetos de trabalho, nas atividades de leitura de histórias a partir de projetos com gêneros literários, e na comunicação interpessoal com os alunos.

Portanto, em ambiente bilíngue diversificado e consciente, entendemos que o inglês, como segunda língua, é adquirido de forma natural, lúdica e prazerosa.

Daniela Gattai, Equipe Little’s Cool

Educação Infantil, pra que te quero?

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Quantas vezes, ao dizermos que colocaremos nosso pequeno de 1 ano na escola, ouvimos os seguintes questionamentos: Por quê? É mesmo necessário? Quais os benefícios que trará? Aí vem aquela dúvida, será que estamos tomando a decisão certa? Não seria melhor esperar até que crescesse um pouco mais? Por que tirá-lo do conforto de sua casa se ainda é tão pequeno? Pois convido a todos para, juntos, fazermos uma reflexão sobre o assunto.

Antigamente o papel de educar as crianças era restrito às famílias e às pessoas próximas. Era delas a responsabilidade de, além de cuidar, preparar seus filhos para fazerem parte de um mundo repleto de desafios. Com o passar dos anos e, de acordo com as novas exigências das sociedades, educar deixou de ser apenas uma transmissão de cultura, que passava de geração para geração e passou a ser uma exigência na formação de futuros adultos competentes, capazes de agir e transformar.Mas será que nós, pais e mães, estamos preparados para oferecer experiências desafiadoras e aprendizagens adequadas a cada faixa etária?

Estudos realizados ao longo de séculos comprovam que, a construção da própria identidade bem como o aprimoramento das capacidades de cada criança não se dá de forma espontânea.Educar, social e cognitivamente, significa oferecer situações pedagógicas orientadas que visam valorizar e ajudar no desenvolvimento de suas habilidades.Quando um professor propõe um jogo de boliche ou um jogo de percurso, muitos assuntos e áreas do conhecimento são envolvidos. Desde uma simples contagem, passando pelo estímulo motor, chegando a discussões de regras e normas, respeito ao próximo e companheirismo. Os profissionais de educação, preparados durante anos, possuem um olhar diferenciado, capaz de identificar as necessidades e os anseios de cada grupo.

Na prática, podemos diferenciar claramente uma criança que pôde vivenciar a rotina escolar desde os primeiros anos, daquelas que não tiveram esta oportunidade. Na Global Me, em particular, onde temos a língua inglesa como grande aliada, os estímulos do raciocínio lógico matemático, linguístico, motor e social, têm feito adiferença na vida destes pequenos.

Não podemos deixar de citar a importância da interação entre as crianças, pois é nesta convivência diária, em suas brincadeiras dirigidas ou não pelo professor, que os conhecimentos também são construídos e reconstruídos. São trocas de diferentes vivências familiares, de culturas oriundas de distintas realidades que enriquecem e ajudam a formar o indivíduo.

Esta é uma discussão que certamente não se encerra aqui, pois é por meio da constante avaliação de nossas práticas de ensino que teremos uma educação de qualidade.

Equipe Global Me