Halloween para os leigos

O primeiro registro do uso do termo “Halloween” é de cerca de 1745 na Escócia, com a ‘contração’ do termo All Hallows’ Eve, que é a noite da véspera do Dia de Todos os Santos.

, data comemorativa do calendário cristão. Embora existam várias teorias sobre a origem, a mais difundida aponta para o festival celta Samhain, celebrado na Irlanda, Escócia e Ilha de Man

é uma celebração observada em vários países, principalmente no mundo anglófono, em 31 de outubro, véspera da festa cristã ocidental do Dia de Todos os Santos. dedicado a lembrar os mortos, incluindo santos (hallows), mártires e todos os fiéis falecidos.

Bilinguismo

O bilinguismo sempre levantou dúvidas e diversos debates sobre seus benefícios e malefícios. Acreditava-se que crescer com duas línguas podia ser prejudicial à criança, trazendo-lhe mazelas linguísticas e algum outro comprometimento mental. Mas nos últimos 30 anos pesquisas têm mostrado que o aprendizado de línguas tem um impacto positivo na formação cerebral.

Muitos estudiosos defendem que o esforço mental que pessoas bilíngues fazem para usar diferentes línguas é responsável pelo fortalecimento das funções cognitivas e que pode até mesmo proteger o cérebro em idade mais avançada. No entanto, outros rebatem tal afirmação, dizendo que a ciência não é capaz de mostrar resultados eficazes.

Mas há um consenso entre eles de que há vantagens no bilinguismo para as funções cognitivas e também para funções culturais e sociais. Segundo Pasi Sahlberg, um dos protagonistas da política educativa que fez das escolas da Finlândia um exemplo internacional, “Quem aprende línguas estrangeiras, terá um cérebro preparado para aprender qualquer outra coisa”. Ele acredita que o sucesso de seu país está ligado à importância do aprendizado de outras línguas, já que essa é uma ferramenta de equidade, de oportunidade de acesso.

Baseada na minha experiência como educadora bilíngue por quase 20 anos, mãe de uma criança bilíngue e agora voluntária de uma ONG que vê no ensino de um idioma estrangeiro a possibilidade de equidade e empoderamento, a educação bilíngue pode ser considerada como vantagem para as crianças que aprendem uma segunda língua.
Vivo essa realidade diariamente e vejo o desenvolvimento e a aquisição da linguagem acontecerem de forma natural e contextualizada. Quando uma criança ingressa na escola bilíngue com dois anos, por exemplo, ela desenvolverá as duas línguas simultaneamente e usará o segundo idioma de forma espontânea. Conforme ela cresce, a necessidade do uso da língua deve se fazer presente, e o professor deve estimular e promover o discurso para que o aprendizado seja efetivo. Ao longo de sua vida escolar num ambiente bilíngue, ela será capaz de se expressar tanto oralmente como através da escrita usando a segunda língua. Portanto, o bilinguismo pode ser uma ferramenta importante no desenvolvimento infantil, auxiliando a formação de forma global e trazendo mais benefícios aos aprendizes de uma língua estrangeira.

Por Renata Salvador Domingues Leal
Professora

Renata Salvador Domingues Leal é bacharel em Turismo, Pedagoga formada há 07 anos e pós-graduada em Psicopedagogia. Trabalha com ensino bilíngue desde 1998 com atuação em renomadas escolas bilíngues e está desde 2006 na Builders. Participou de workshops e congressos internacionais de formação e treinamento. Realizou curso de extensão na St. Giles University, Inglaterra, em 2013.

Fontes:
www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3322418/
www.theatlantic.com/science/archive/2016/02/the-battle-over-bilingualism/462114/
www.wired.com/2016/02/being-bilingual-changes-the-architecture-of-your-brain/
www.theatlantic.com/education/archive/2016/08/the-new-bilingualism/494489/

Mindful School

Para que sejam felizes e tenham sucesso em suas vidas, nossas crianças e jovens precisam de diversas habilidades que vão além do excelente conteúdo acadêmico. Precisamos oferecer às nossas crianças e jovens habilidades que podem ajudá-las a lidar com os desafios atuais: distrações tecnológicas, dificuldade com regulagem emocional, stress e ansiedade, falta de atenção e concentração. Continuar lendo “Mindful School”

CINCO FERRAMENTAS BÁSICAS DE DISCIPLINA POSITIVA PARA A SALA DE AULA

Texto por Bete P. Rodrigues, Consultora de pais e educadores da Kindy Escola Americana

Este artigo apresenta apenas 5 ferramentas da Disciplina Positiva para auxiliar o educador no seu complexo papel no gerenciamento de sala de aula respeitoso. Essas ferramentas podem ser utilizadas nos mais diversos contextos de trabalho (diferentes tipos de escola, segmentos ou áreas do conhecimento). Tal como acontece com qualquer caixa de ferramentas, nenhuma ferramenta funciona em todos os contextos, por isso a importância de se ter uma variedade para escolher. Eu considero essas as mais básicas dentre as dezenas de opções existentes: Continuar lendo “CINCO FERRAMENTAS BÁSICAS DE DISCIPLINA POSITIVA PARA A SALA DE AULA”

POR QUE OS CONFLITOS SÃO TÃO IMPORTANTES NO ENSINO FUNDAMENTAL?

Texto por Carla Freitas, Coordenadora pedagógica do ensino fundamental na My School Educação Bilíngue

O ingresso no Ensino Fundamental é marcado por muitas mudanças na vida de uma criança. Até os cinco anos, ela passou por fases importantíssimas, aprendeu a andar, falar, brincar, imaginar, etc. A partir daí a nova jornada também será cheia de descobertas e aprendizado, e não quer dizer que será fácil! Continuar lendo “POR QUE OS CONFLITOS SÃO TÃO IMPORTANTES NO ENSINO FUNDAMENTAL?”

A Ludicidade no Processo de Alfabetização e Letramento

A alfabetização é um aprendizado de suma importância para o ser humano, pois consiste na instrução e no apoderamento do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. A prática deste ensino se dá regularmente na educação infantil. Já se tratando de um cenário bilíngue, a alfabetização e o letramento ocorrem em dois idiomas e de forma simultânea. Continuar lendo “A Ludicidade no Processo de Alfabetização e Letramento”

Uso da tecnologia em sala de aula: um desafio promissor.

É certo que os alunos do século XXI não são os mesmos do século passado. E há tempos que se discute a ideia de como desenvolver nos alunos o interesse pela aprendizagem na era em que têm acesso a todo tipo de informação, a qualquer momento e em qualquer lugar. Continuar lendo “Uso da tecnologia em sala de aula: um desafio promissor.”

Bilinguismo por Renata Salvador Domingues Leal, Professora

Nos últimos 30 anos pesquisas têm mostrado que o aprendizado de línguas tem um impacto positivo na formação cerebral. Muitos estudiosos defendem que o esforço mental que pessoas bilíngues fazem para usar diferentes línguas é responsável pelo fortalecimento das funções cognitivas e que pode até mesmo proteger o cérebro em idade mais avançada. Há um consenso de que o bilinguismo proporciona um melhor desenvolvimento das funções cognitivas e também das funções culturais e sociais. Continuar lendo “Bilinguismo por Renata Salvador Domingues Leal, Professora”

Qual o olhar que tenho sobre o meu filho?

Adolescência… Pré-adolescência… pré da pré-adolescência…o que permeia esta fase de tantas questões, dúvidas, novidades que tanto angustia os pais? A quem a chame de “aborrecência”! A justificativa para tal classificação é sempre a mesma… “São aborrecentes, chatos, querem ser independentes, mas mal conseguem cuidar do seu material escolar!”. Pois é muito se ouve, muito se fala, mas pouco se sabe. Ou se que saber.

Adolescência é uma fase transicional entre a infância e a vida adulta que implica transformações perceptivas na vida de cada um. É nesta fase que o indivíduo se percebe como uma pessoa, que se distancia da zona de conforto, se afasta dos privilégios típicos da infância e se aproxima de responsabilidades características da vida adulta. Assumir papéis sociais, prover algo, ser alguém, ter uma boa carreira, uma boa índole… Ufa! As cobranças são muitas, mas para que eu cobre é necessário que eu oriente e este é o intuito deste texto.

Lemos diariamente em jornais assuntos ligados a esta delicada fase: Bullying, desafios, baleia azul, brincadeiras de mau gosto, amadurecimento sexual, interesse pelo proibido…É preciso que estejamos preparados para lidar, orientar e acima de tudo ouvir. É importante que estejamos conectados com este mundo, com esses assuntos. Que leiamos sobre tudo que envolve este universo.

Como educadores, nosso papel de direcionar a aprendizagem contando com o fator emocional não é uma tarefa fácil. Contudo torna-se muito prazeroso quando conseguimos ouvir e perceber nosso aluno como ser único. Estarmos antenados faz parte da nossa rotina. Afinal quantos youtubers passamos a conhecer? Quantas vezes, sozinhos em casa, cantamos “Sorry” do Justin Bieber, quantas selfies tiramos e quantas vezes tivemos que pedir para que guardem seus celulares em horários inadequados?rsrs, pois é faz parte! E como pais, como identificar esta linha tênue entre o excesso de liberdade e a negligência? Como dissemos anteriormente é delicado, mas necessário.

O assunto latente hoje em dia são desafios lançados em redes sociais que incitam o jovem a se testarem, provando aos demais que são corajosos e destemidos. É importante que tenhamos um olhar atento e delicado para nossos filhos. Acompanhemos dia a dia o que fazem, por onde andam com quem falam em redes sociais… Não senhores pais, isto não é invasão de privacidade! Nós somos responsáveis pela saúde física e mental de nossos filhos. Nosso papel vai além do cuidado… Acompanhar este processo também é um ato de amor! Nesta fase preparamos nossos filhos para que consigam discernir o certo do errado, o confiável do duvidoso… Se deixarmos isso a cargo de si próprio, o resultado pode ser desastroso. Os adolescentes estão construindo sua identidade, e cobrar deles tomadas de decisões que cabem a nós adultos é no mínimo leviano de nossa parte.

Não estamos defendendo o tratamento de adolescentes como bebês, mas incentivando que se deixe aberta a porta da comunicação, sempre! O importante é que eles tenham segurança para ir quando quiserem ir, que saibam dizer não quando não tiverem vontade, que tenham abertura para perguntar quando não souberem, e quando não soubermos que tenhamos a liberdade de procurar saber… Não sabemos tudo, mas já vivemos muito, pelo menos mais que eles… Não falar da realidade, camuflar situações de perigo, não responder a perguntas pertinentes que eles mesmos fazem não ajuda: Adia! Adia o que é inevitável, o conhecimento. Se não através de nós, eles buscam sozinhos na internet, e a interpretação pode ser quase sempre deturpada. Nem sempre o adolescente tem maturidade suficiente para lidar com as informações obtidas, o que promove “achismos infundados”.

Cada pai sabe o que deseja para seu filho, é importante que estejamos atentos aos sinais. Observe seu filho, converse com seu filho, estabeleça uma relação de cumplicidade para que isto fortaleça a segurança de que o mundo é grande, é enorme, os desafios são infinitos, e nada é fácil nesta vida. Mas como dissemos: deixá-los seguros de que estaremos sempre no mesmo lugar, para que se um dia tiverem vontade poderão pedir ajuda… SEMPRE!!!

Texto: Renata Louzada – Coordenadora Pedagógica Amazing School

Vantagens do Bilinguismo

Por Ana Paula A. Mustafá Mariutti

Sempre me interessei por línguas e desde adolescente dediquei meu tempo para estudá-las, via escolas de idiomas e mais recentemente por apps, sites e contatos com estrangeiros. Fico fascinada em poder entender o que os outros falam e não gosto quando não consigo interagir com falantes de outros idiomas que não o inglês e espanhol, que eu domino bem.

Assim, quando meus filhos nasceram, decidi que eles tinham que ser bilíngues, que não era uma opção. Após ter trabalhado em escolas bilíngues e internacionais por muitos anos, já sabia que não queria deixar isso prá depois:  eu via na prática, com os meus alunos, que é muito mais fácil para crianças aprenderem um idioma do que um adolescente ou adulto, pois com o passar dos anos esse processo fica bem mais sofrido…

Enfim, me comunicava com meus filhos em inglês e os matriculei na Builders com 1 ano de idade. Eles rapidamente adquiriram a língua e quando saíram de lá (naquela época não oferecíamos o Ensino Fundamental) foram para outra escola bilíngue, onde continuaram aprimorando o inglês e até tiveram contato com o alemão.

No 7º ano do EF eles foram para uma escola brasileira regular que oferecia aulas de inglês 2 vezes por semana, onde eles quase davam aula para o professor, de tão sabidos que já eram no idioma. Mas eu sabia que tinha espaço para o aprendizado da gramática, de forma sistematizada, afinal eles possuíam fluência total e um amplo vocabulário, mas as estruturas, os nomes dos tempos verbais, isso só se aprende em curso de idiomas mesmo (ainda questiono a necessidade disso, mas enfim…).

No 8º ano nos mudamos para os EUA para um período sabático e preciso dizer que eu e meu marido “babamos” ao ver nossos meninos super fluentes, desde o primeiro dia de aulas bem integrados na escola, absorvendo 100% do conteúdo em inglês e participando de tudo como os demais “gringos”da sala. Em poucos meses, soavam como nativos, tamanha a facilidade e desenvoltura que já possuíam com a língua.

Depois que eu e meu marido voltamos para o Brasil, eles continuaram morando lá, em uma “boarding school”. Depois de quase 3 anos fora do Brasil, soam como falantes nativos em inglês e agora o foco é o espanhol, que os dois escolheram como aula optativa. De lá o rumo é um “college” americano.

Enfim, acredito que independente de qual vai ser a escolha para seus filhos, se vão frequentar escola bilíngue só na Educação Infantil, se vão continuar essa modalidade no Ensino Fundamental 1, 2, no Ensino Médio, se vão estudar em escola internacional no Brasil, se vão morar fora do país… isso não importa. O que importa é lembrar que vale muito a pena dar a eles a oportunidade de aprender uma segunda, terceira, quarta línguas. Que a vivência nesses ambientes  multiculturais só acrescenta, deixando-os muito preparados para o futuro.

Ah, e que ninguém garante nada, mas que falar inglês já é mais do que meio caminho andado, isso ninguém pode negar.

 

Ana Paula A. Mustafá Mariutti atua na educação bilíngue desde 1986. Possui formação em Tradução/Interpretação pela Alumni, curso superior de Pedagogia, e diversos cursos relacionados à educação bilíngue e à gestão escolar no Brasil e no exterior. Participou ativamente na fundação da Oebi – Organização das Escolas Bilíngues, a qual presidiu durante 12 anos. Atuou na gestão da instituição à distância de julho 2014 a junho 2016, quando residiu nos EUA. Nesse período, aprofundou seus conhecimentos sobre a educação bilíngue oferecida em escolas públicas e particulares de educação infantil e ensino fundamental bilíngues americanas.